Stress é
uma das mais terríveis manifestações existentes, pois seus sintomas podem gerar
um número enorme de doenças, tanto doenças físicas quanto doenças psíquicas,
podendo ter efeitos desastrosos na família, relações sociais, trabalho e saúde.
Um profissional de qualquer área, principalmente das que exigem
maior responsabilidade ou maior volume de trabalho, está fortemente sujeito aos maléficos efeitos do stress.
Estes podem ser facilmente percebidos em um grande número de profissionais de
várias áreas como TI, gerencia CEO, empresários, empreendedores e etc. Funções
que exigem grande responsabilidade e por isto grande pressão pode ser uma
potencial fonte de stress.
Contudo, mesmo profissionais com cargas de trabalho menores ou funções
consideradas menos estressantes podem adquirir stress.
Tudo depende de como nos relacionamos com nosso trabalho.
Os 12 indicadores do stress no trabalho
Segundo os
pesquisadores Herbert Freudenberger e Gail North, o esgotamento profissional não
ocorre da noite para o dia, mas é um processo gradual. Sendo assim eles
dividiram o processo de esgotamento em
12 estágios (a ordem em que aparecem no texto não necessariamente é a ordem em
que se manifestam nas pessoas).
1 - Necessidade de se afirmar
No começo,
verifica-se com frequência uma ambição
exagerada. Ânsia por fazer as coisas, interesse e desejo de se realizar
na profissão transformam-se em obstinação e na compulsão por desempenho. É preciso provar constantemente aos
colegas – e, sobretudo, a sí mesmo – que faz o trabalho muito bem e que é
plenamente capaz.
2 - Dedicação intensificada
Para fazer
juz às expectativas desmedidas, vai-se um pouco além e se intensifica a
dedicação. Delegar tarefas torna-se cada vez mais difícil. Em vez disto, predomina
o sentimento de que tem de fazer
tudo sozinho, até para demonstrar
que é imprescindível.
3 - Descaso com as próprias necessidades
Praticamente
todo o tempo disponível é reservado para a vida profissional. Outras necessidades, como dormir, comer ou encontrar-se
com amigos são descartadas como fúteis. Atividades de lazer perdem o sentido. A pessoa justifica para si
mesma a renúncia como desempenho heroico.
4 - Recalque de conflitos
Percebe-se
que alguma coisa não vai bem, mas não
se enfrenta o problema. Confrontá-lo pode deflagrar uma crise e, por
isso, o problema é visto como uma ameaça. Os primeiros problemas físicos começam a aparecer.
5 - Reinterpretação dos valores
Isolamento, fuga dos
conflitos e negação das próprias necessidades modificam
a percepção. O que antes era importante, como amigos ou passatempo, sofre uma
completa desvalorização. A única medida da própria relevância e da autoestima é
o trabalho. Tudo o mais é subordinado a esse objetivo. O embotamento emocional
é visível.
6 - Negação de problemas
O
principal sintoma desta fase é a intolerância.
Os outros são percebidos como incapazes, preguiçosos, exigentes demais ou
indisciplinados. Predomina o sentimento de que os contatos sociais são quase insuportáveis.
Cinismo e
agressão tornam-se mais evidentes. Eventuais problemas
são atribuídos exclusivamente à falta de tempo e à jornada de trabalho, e não
à transformação pela qual se está passando.
7 - Recolhimento
Os
contatos sociais são reduzidos ao
mínimo. Vive-se recolhido, com a crescente sensação de desesperança e desorientação. No trabalho, “faz-se estritamente o necessário”.
Nesta fase, muitos recorrem ao álcool ou
às drogas.
8 - Mudanças evidentes de comportamento
Agora, é
impossível para os outros não perceber a transformação pessoal. Os outrora tão dedicados e ativos
revelam-se amedrontados, tímidos e apáticos. Atribuem a culpa ao mundo à sua
volta. Interiormente sentem-se cada vez mais inúteis.
9 - Despersonalização
Nesta
fase, rompe-se o contato consigo próprio. Ninguém mais parece ter valor, nem o
próprio afetado nem os outros, as necessidades pessoais deixam de ser
percebidas. A perspectiva temporal restringe-se ao presente. A vida é rebaixada ao mero funcionamento mecânico.
10 - Vazio interior
A sensação
de vazio interior é
cada vez mais forte e mais ampla. A fim de superá-la, procura-se nervosamente
por atividades. Surgem reações excessivas, como intensificação da vida sexual, alimentação exagerada e consumo de álcool e drogas. Tempo livre é tempo vazio,
entorpecido.
11 - Depressão
Aqui, síndrome do esgotamento equivale
a depressão. A pessoa se
torna indiferente, desesperançada, exausta e não vê perspectivas. Todos os sintomas dos
estados depressivos podem se manifestar, desde a agitação até a apatia. A vida perde o sentido.
12 - Síndrome do esgotamento profissional
Este
estágio corresponde ao total colapso
físico e psíquico. Quase todos os afetados pensam em suicídio e não são poucos os que
a ele recorrem. Pacientes neste estado constituem casos de emergência: precisam de ajuda médica e psicológica o mais rápido
possível.
Tendo em vista os doze estágios listados acima cabem ao profissional avaliar com profunda sinceridade seu estado atual. Permanecer em um
estado de stress constante pode, além dos efeitos citados
anteriormente, inclusive comprometer seriamente a qualidade do trabalho e seu rendimento.
Apesar das exigências modernas pela velocidade e produtividade é necessário avaliar nossos limites físicos e psíquicos para que o trabalho ou a vida
profissional, acima de tudo, tenham qualidade, peça fundamental nas empresas
modernas.
Fonte: www.sermelhor.com
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