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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Câncer de Estomago, o que você precisa saber.

O câncer de estômago, ou câncer gástrico, acomete duas vezes mais os homens do que as mulheres. Sua incidência é mais alta entre os 50 e 70 anos e rara antes dos 40 anos. Em geral, neste último caso, a doença está associada a fatores genéticos predisponentes.
Chile, Colômbia, Costa Rica e Japão concentram o maior número de tumores malignos no estômago. Dados apontam que, felizmente, a incidência vem caindo, fato atribuído em parte às melhores condições atuais de preparo e estocagem dos alimentos.
Os tumores de estômago podem ser de três tipos diferentes. O mais comum é o adenocarcinoma (95% dos casos), seguido dos linfomas (3%) e do leiomiossarcoma.
Fatores de risco
São considerados fatores de risco para o câncer gástrico:
1)  predisposição genética, histórico familiar e idade mais avançada;
2) dieta baseada no consumo de alimentos embutidos, defumados, conservados em sal, com altas doses de substâncias cancerígenas (nitritos, nitratos e nitrosaminas) e pobre em produtos naturais e frescos, como frutas e verduras, carnes e peixes;
3) infecção por Helicobacter pylori – essa bactéria que se aloja no estômago pode estar associada a quadros de gastrite crônica e úlceras gastroduodenais, assim como ao risco maior de desenvolver lesões pré-malignas e linfomas gástricos nos indivíduos geneticamente predispostos. Estudos mostram, porém, que menos de 1% das pessoas infectadas por essa bactéria irá desenvolver lesões malignas;
4) pólipos gástricos adenomatosos, maiores do que 2 cm, originalmente benignos, mas com potencial de malignidade;
5) anemia perniciosa (carência ou dificuldade de absorção da vitamina B12) e gastrite atrófica (doença autoimune);
6) fumo: o risco de os fumantes desenvolverem a doença é duas vezes maior do que o dos não fumantes.
7) consumo de bebidas alcoólicas.
Sintomas
Nas fases iniciais, a doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas semelhantes aos da gastrite ou de outros distúrbios estomacais, o que pode retardar o diagnóstico. Quando esses sinais aparecem, os sintomas mais frequentes são dor abdominal, queimação ou azia, náusea, vômitos, sensação de estômago sempre cheio, porque o tumor ocupa parte do espaço destinado aos alimentos, perda de peso e de apetite, cansaço, sangramento digestivo.
A presença de massa palpável na parte superior do abdômen, de nódulos no pescoço e umbilicais e de sangramento são sinais de doença avançada.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de estômago leva em conta os sintomas e os possíveis fatores de risco. Alguns exames, como o hemograma, o de sangue oculto nas fezes, a ressonância magnética, a tomografia computadorizada e a ultrassonografia endoscópica também podem ser úteis. No entanto, a endoscopia digestiva alta é o exame que faz diferença para o diagnóstico precoce da doença, haja vista que permite não só observar as lesões, como colher material e realizar a biópsia imediatamente.
Desde que diagnosticado precocemente, o câncer de estômago tem bom prognóstico e muitos são os casos de cura.
Tratamento
Feito o diagnóstico, é preciso determinar o tamanho e a localização do tumor, ou seja, se está ou não circunscrito no estômago e se há focos da doença em órgãos, como linfonodos, fígado, peritônio, pulmões e ossos.
O tratamento é sempre cirúrgico. Dependendo do estágio da doença, pode ser necessário retirar parte do estômago ou o órgão inteiro (gastrectomia radical) e remover um número maior ou menor de linfonodos. Aplicações de quimioterapia e radioterapia podem representar estratégias terapêuticas importantes no tratamento.
Recomendações
Lembre que o corpo quase sempre dá sinais de que algo não vai bem com ele. Por isso, procure um médico se apresentar distúrbios estomacais, como dor logo após as refeições e sensação de estômago cheio, mesmo que eles melhorem com o uso de remédios simples para controlar a má digestão; muitas vezes, a pessoa só descobre um tumor no estômago, quando os primeiros sintomas aparecem;
* Siga a orientação de nutricionistas para compor uma dieta saudável e equilibrada, especialmente se passou por cirurgia para remoção total ou parcial do estômago;
* Inclua frutas e verduras frescas no cardápio de todos os dias;
* Consuma com parcimônia embutidos e alimentos muito salgados;
* Faça refeições menores a cada três horas aproximadamente;
* Mastigue bem os alimentos, pois o processo de digestão começa na boca;
* Não fume;
* Prefira sucos naturais ao consumo de bebidas alcoólicas;
* Pratique exercícios físicos regularmente.
Fonte Dr Drauzio Varella

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