Todos
os anos, entre maio e junho, as temperaturas começam a cair e, com essa
variação no tempo, a gripe começa a fazer suas vítimas. Em todo o País, as
prefeituras lançam campanhas de vacinação, imunizando gratuitamente a população
mais vulnerável - portadores de doenças crônicas, idosos, crianças e gestantes.
Mas
outra doença facilmente confundida com a gripe pode se tornar ainda mais
perigosa quando as pessoas tomam remédios por conta própria: a dengue. “A maior
parte dos pacientes confunde os primeiros sintomas com um resfriado comum e
começa a se automedicar”, explica a Dra. Ana Gabriela, da clínica Vivid.
Essa
atitude é muito perigosa! Isso porque remédios que contêm ácido
acetilsalicílico e anti-inflamatório (comuns no tratamento da gripe) aumentam o
risco de hemorragia, pois influenciam nas plaquetas - que já se encontram
reduzidas quando o paciente está com a forma hemorrágica da dengue.
Saiba
como diferenciar as doenças
Uma boa
dica inicial é ficar atento às características presentes em uma das doenças,
mas ausente na outra. De acordo com o Dr. André Salgado, médico especialista em
Clínica Médica e Terapia Intensiva, na dengue, por exemplo, não existem os
sintomas respiratórios, como coriza, tosse e espirro.
“Além
disso, quem contraiu a dengue, em geral, sente dores musculares e articulares
intensas, e a febre costuma durar mais tempo – de 5 e 7 dias”, explica. O
médico comenta ainda que é importante prestar atenção nessa variação de
sintomas e procurar um hospital imediatamente, já que não é possível
diagnosticar a doença sem a realização de um exame de sangue específico para o
vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
A Dra.
Ana Gabriela explica mais a fundo os sintomas dessa doença: “A dengue clássica
caracteriza-se por febre alta, com início súbito, fortes dores de cabeça e
atrás dos olhos, que pioram com o movimento. Há perda do apetite, vômitos e
tontura, cansaço, dor no corpo, nos ossos e nas articulações, além de manchas
na pele”. Nem todos esses sintomas precisam aparecer, mas estão entre os mais
comuns.
Existe,
no entanto, uma versão mais perigosa da doença, a chamada dengue hemorrágica
que, em torno de 5% dos casos, resulta em morte. “Ela começa com os mesmos
sintomas da dengue clássica, mas, quando a febre passa, começam a aparecer
dores abdominais fortes e contínuas, bem como vômitos persistentes. A pele fica
pálida, fria, úmida e com manchas vermelhas. Há sangramento pelo nariz, boca e
gengivas. Completam o quadro: sonolência, dificuldade respiratória, agitação e
confusão mental, boca seca e sede excessiva”, enumera.
Se
constatados casos clínicos como esses, procure ajuda médica imediatamente. “É
importante também manter-se bem hidratado, ingerindo bastante líquido”,
continua a doutora.
Fonte: http://www.portalvital.com
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